domingo, 23 de junho de 2013

quarta-feira, 19 de junho de 2013

Confiabilidade de dados, contratos, concessões e tarifas - auditagem

Auditorias Técnicas, qualidade, confiabilidade, conformidade e tarifas.
 A construção do modelo de privatização das concessionárias estatais veio com uma coleção de artifícios e promessas de qualidade de serviços. Antes disso as concessionárias, estatais, mistas ou privadas tinham modelos que satisfaziam diante extrema precariedade das exigências de qualidade e confiabilidade no Brasil. Apesar de não viver em meio a guerras violentíssimas como aquelas que aconteceram na Europa e na Ásia, tínhamos, onde existiam, serviços ruins, talvez um pouco melhores em algumas cidades.
Na eterna polêmica ideológica desviamo-nos do principal, desenvolver o nosso país para a viabilização de indústrias, serviços e a vida em níveis possíveis no século 20.
Começando quase do zero após a Segunda Guerra Mundial iniciamos um processo de formação de grandes estatais que na década de setenta deslancharam, dando-nos a esperança de um Brasil grande. Infelizmente as crises do petróleo, erros de avaliação e cartéis bem montados levaram nosso país às décadas perdidas após a abertura política.
As teses mais ortodoxas e capitalistas, estranhamente abraçadas por lideranças que esqueceram seus discursos ou suas origens, inviabilizaram as concessionárias estatais, exceto algumas que souberam passar por essas tempestades, apesar de alguns motins.
Estamos em ambiente privatizado e privatizante, então vamos radicalizar o que deve existir para que nesse cenário as empresas prestem serviços que prometeram quando “compraram” as estatais ou, simplesmente, ganharam um sopro dourado com a nova legislação e processos estranhos de licitação de concessões.
Os acionistas dessas companhias devem estar cientes da reponsabilidade que assumiram, e os usuários e consumidores dependentes dessas concessionárias? Entendem e conseguem cobrar qualidade, confiabilidade e custos razoáveis?
A onda de manifestações iniciada pelo MPL (MPL - Movimento Passe Livre) cresce e demonstra a insatisfação do povo brasileiro com governos, políticos e concessionárias, o que acrescentar ao que demonstram nessas manifestações?
Em torno da tarifa existe muito a ser discutido:  Reforma Fiscal (subsídios e disponibilidade orçamentária), o Direito do Consumidor, PROCONs, Ministérios Públicos, Poder Judiciário e jurisprudência nessas áreas, normas técnicas, contratos de concessão, regulamentos etc. e qualidade das informações utilizadas para o cálculo que pesa no bolso do usuário e do contribuinte.
Se queremos avaliar tarifas algo essencial, portanto, é a qualidade e confiabilidade dos dados utilizados para avaliação de custos. Mais ainda, é fundamental saber se essas empresas prestam o serviço mínimo exigido, pelo menos, e em que padrões de confiabilidade, segurança, conforto etc., assim como contrapor a isso tudo a atuação dos governantes e seus prepostos.
Temos dados confiáveis? Acreditamos nas contas oficiais?
É interessante ver o que acontece.
Se é verdade não sabemos, mas diziam que um peru bêbado, se fizermos um círculo de giz em volta dele, ele se manterá dentro.
A figura vale como exemplo do que acontece. Tanto os governantes quantos a concessionárias discutem tarifas, preços e custos usando informações que não são devidamente auditadas.
Note-se que bons serviços de auditoria exigem profissionais excepcionais tanto tecnicamente quanto moralmente. No Brasil temos empresas dessa espécie com a ficha limpa e segura?
Perdemos décadas não estruturando atividades confiáveis de auditagem e verificação de condições de conformidade[1], confiabilidade[2], segurança etc.
Felizmente o problema é global e muitas crises estão gerando atividades de consultoria especializada.
Navegando na internet descobrimos: [(1982 Report of the Auditor General of Canada), (Reporting Responsibilities to the Legislative Audit Committee and the State Auditor’s Office), (PRODUCT AND COST DIFFERENTIATION BY LARGE AUDIT FIRMS) etc.]; temos algo parecido no Brasil?
Quem garante os valores anunciados singelamente pelos prefeitos e governadores?
Preciamos, ,antes de se deixar convencer por qualquer autoridade técnica, gerencial ou política de auditagens severas nos serviços de transporte coletivo urbano assim como em todos os demais serviço sob concessão ( (Serviços Essenciais) telefonia, energia, saneamento básico, transporte em geral, pedágios etc.).
Podemos estar perdendo bilhões de Reais em impostos, encargos, tarifas, qualidade de serviços, segurança ou, quem sabe, devendo... (ops!) diante da fragilidade e inoperância dos agentes fiscalizadores em nossa pátria tropical...
Agora que o movimento de cobrança de moralidade começou é preciso não parar, ir até chegarmos ao que é possível nesse mundo globalizado também de inteligências e competências.

Cascaes
19.6.2013

1982 Report of the Auditor General of Canada. (s.d.). Fonte: Office of the Auditor General of Canada: http://www.oag-bvg.gc.ca/internet/English/parl_oag_198211_13_e_3361.html#0.2.L39QK2.CCLUEE.7Q8Z1F.N6
Cascaes, J. C. (s.d.). Fonte: Serviços Essenciais: http://servicos-essenciais.blogspot.com.br/
MPL - Movimento Passe Livre. (s.d.). Fonte: Wikipédia: http://pt.wikipedia.org/wiki/Movimento_Passe_Livre
PRODUCT AND COST DIFFERENTIATION BY LARGE AUDIT FIRMS. (s.d.). Fonte: American Accounting Association - The Auditting Section: http://aaahq.org/audit/midyear/04midyear/papers/Deltas-Doogar_ProductAndCostDifferentiation.pdf
Reporting Responsibilities to the Legislative Audit Committee and the State Auditor’s Office. (s.d.). Fonte: Texas - State Auditor's Office: http://www.sao.state.tx.us/resources/manuals/reportingresponsibilities.pdf







[1] Conformidade
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre. Conformidade é a condição de alguém ou grupo de pessoas, de alguma coisa ou um ser, ou de um conjunto deles, estar conforme (do lat., com- "junto" + formare"formar", "dar forma" = com a mesma forma) o pretendido ou previamente estabelecido por si, por outrem ou entre diferentes pessoas ou grupos de pessoas.
A conformidade pode ser, por exemplo, o atendimento às especificações prometidas a terceiros. Os consumidores esperam que os produtos comprados tenham sua qualidade em conformidade com as especificações declaradas.
Quando se trata de instituições governamentais que atuam na regulação prescritiva, estabelecendo requisitos ou exigências regulatórias para seus entes regulados, a conformidade se dará pelo atendimento destes entes àqueles requisitos ou exigências. O não atendimento das especificações ou requisitos exigíveis, pretendidos, prometidos ou previamente estabelecidos, configura o que usualmente se chama de "não conformidade".

[2] Confiabilidade
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre. Em geral, confiabilidade ou fiabilidade (definição sistêmica) é a capacidade de uma pessoa ou sistema de realizar e manter seu funcionamento em circunstâncias de rotina, bem como em circunstâncias hostis e inesperadas.
Confiabilidade ou fiabilidade pode referir-se a:
·         Teoria da confiabilidade, teoria que descreve a probabilidade de um sistema completar a sua função durante um intervalo de tempo
·         Engenharia de confiabilidade, um campo específico no estudo de sistemas e seu funcionamento
·         Fiabilidade (estatística), a consistência de um conjunto de medições ou de um instrumento de medida
·         Fiabilidade (computação), uma categoria usada para descrever protocolos
·         Fiabilismo, um tipo de teoria externalista da justificação epistêmica

quarta-feira, 12 de junho de 2013

Anarquia na área energética

carona ao Demônio!!!!!!!!

Enviada em: terça-feira, 11 de junho de 2013 12:47
Assunto: Fwd: : U.P.TESTE DE BATIDA FRONTAL A 120 Milhas/h (192 Km/h ) COM OBSTÁCULO PARADO.





Assista uma batida frontal de um veículo a 190 Km/h com um obstáculo parado.
Veja que cena impressionante! e reavalie sua conduta como motorista.
Em um veículo que bate nessa velocidade, não adianta nada sonhar com equipamentos de segurança. Não existe air bag, cinto de segurança, freios ABS, controle de tração, carroceria retrátil, ou quaisquer outros equipamentos de segurança, que possam minimizar o terrível resultado.
Na realidade, nada poderá salvar a vida de todos os ocupantes do carro!
Quando você tiver a tentação de "pisar fundo" no acelerador do seu veículo, lembre-se deste vídeo!
Reveja-o de vez em quando para eliminar eventuais tentações, tenha consideração para com os seus familiares e amigos.
Detalhe: Nos testes de colisão que você assiste na TV, (que as montadoras de veículos divulgam), os carros não passam das míseras 45 Milhas/h (72 Km/h).
Este teste aqui do vídeo, a 190 Km/h, mostra a realidade nua e crua, do que acontece num acidente numa velocidade 3 vezes maior!
O resultado do estudo que foi monitorado por computador, mostra que os ocupantes do veículo são submetidos a uma aceleração negativa (porque tudo tem que parar), equivalente a 400 vezes a atração da gravidade.
A total destruição do carro e ocupantes, ocorre em apenas 68 milésimos de segundo!
Sabe o que é isto?
Tome 1 segundo, divida em 1000 partes e então fique com apenas 68 delas. Este é o tempo exato gasto entre o parachoque tocar o obstáculo e o carro parar!
Se o que era de aço, fica como você verá, que tal sobre o seu coração, fígado, pulmões, coluna, caixa craneana, etc.

Bem, há um velho ditado que diz:

"De 60 a 100Km/h você dirige o carro,de 100 a 130 Km/h o carro équem lhe dirige, depois de 130 Km/h você deu carona ao Demônio!!!!!!!!"


sexta-feira, 7 de junho de 2013

Metrô Curitibano e considerações diversas

O metrô Curitibano – parceria caracurió?
Hoje, dia 7 de junho, vimos e ouvimos uma exposição do anteprojeto do metrô curitibano no Instituto de Engenharia, ou melhor, um resumo com destaque para algumas questões gerenciais e econômicas.
Com certeza a capital de Curitiba já perdeu tempo demais; gastou-o fazendo algo que a atual administração considera inaceitável, o que endossamos diante do pesadelo que seria implementar uma obra desta envergadura na região do Pinheirinho, Capão Raso, Portão e Água Verde.
Parece que se encaminham para uma tecnologia menos impactante.
Infelizmente, contudo, já não temos muito tempo, ou melhor, nenhum para discutir opções de traçado, tecnologia e até financiamento.
Ou pega ou larga parece ser a ordem em torno do metrô.
Existem questões, contudo, que podem ser corrigidas, como, por exemplo, aparentemente uma parceria sem risco para o(s) sócio privado. Apesar de contribuir minoritariamente terá grandes vantagens, inclusive garantia de receita. Ou seja, se por qualquer motivo o número de passageiros do metrô for menor do que um nível preestabelecido a PMC, ou melhor, o contribuinte pagará a diferença.
Não teremos uma frota pública de carros metroviários com operação privada ao custo e risco dessa parceira e sim uma empresa que trará 25 a 30% dos investimentos com remuneração garantida, assumindo a operação (?).
A tarifa do metrô não será integrada? Se for, quanto será a tarifa do transporte coletivo em Curitiba?
Caracu era é uma cerveja tradicional, cara todos sabem o que significa e curió é um passarinho de canto maravilhoso. O que assusta é ver o passarinho fugindo e a gente ficar olhando para a cara de investidores rindo da nossa ingenuidade. Sobra o quê?
A população mais consciente e preparada tecnicamente precisa ficar atenta ao edital que será lançado em torno da construção do metrô curitibano. Audiências públicas não ajudam muito, não têm poder deliberativo, mas dão indicações do que será feito.
Não podemos esquecer que um sistema metroviário é extremamente importante na definição de valores, potenciais de mobilidade, trabalho, lazer, escolas... e impostos. Mais ainda, como será o compromisso da PMC com o sócio privado se as obras atrasarem?
Vimos que no Brasil compromissos entre governos não valem nada. Qualquer confusão pode significar “contingenciamento” de verbas. De que forma os contratantes dividirão responsabilidades?
Temos tempo para, esticando um pouco os prazos e investindo na otimização do sistema existente, fazer um bom projeto? Ou não?
Incomoda sentir que mais uma vez poderemos estar embarcando numa furada, numa parceria caracurió além de gastar muito num projeto que poderia ser infinitamente melhor, seguindo o traçado do Inter 2, por exemplo(?).
Seria interessante se análises de diversas opções de traçado mostrassem as muitas linha que Curitiba deverá ter, em sequência de prioridade, custos, efeitos urbanísticos etc.
Não temos um plano integrado, pode?
Cascaes
7.6.2013


quarta-feira, 5 de junho de 2013

O bom exercício da Engenharia e o Dia Mundial do Meio Ambiente

No Dia do Meio Ambiente – gerenciamento técnico?
Desde que a onda ambientalista tomou conta da Humanidade, devidamente apoiada por imensos interesses industriais e políticos, a opção verde criou uma alternativa para aqueles que procuravam uma bandeira menos perigosa que a defesa dos Direitos Humanos.
Os seres humanos, nós e aqui e vale uma leitura atenta do livro (Introdução à Filosofia, 2009), desamparados pelo turbilhão de informações “científicas” encontraram no comportamento escatológico[1]  de muitas lideranças ambientalistas uma maneira de serem mais egoístas e menos fraternos.
Outros, ainda que reunindo as duas diretrizes, perdem-se em teses que desviam a atenção das questões principais na defesa do meio ambiente e da Humanidade.
Entre tantas brutalidades com a reinvenção do fundamentalismo religioso (substituindo a fundamentalismo ideológico) continuamos com os grandes grupos econômicos e o crime organizado mandando.  As guerras são um tremendo negócio, além de distraírem nações...
E o gerenciamento técnico?
Bom exercício da Engenharia, Sociologia, Filosofia, Urbanismo, Medicina etc. se subordinados à honestidade intelectual real e à coragem de profissionais competentes é uma forma de disciplinamento da política.
O corporativismo radical é um câncer que afeta bandeiras a favor da população, mas quando indivíduo e entidades conseguem superar os egocentrismos os resultados realmente empolgam. Estamos escrevendo no Dia Mundial do Meio Ambiente e em Curitiba pudemos ver pelas reportagens apresentadas boas notícias, a melhor, disparadamente, é a retomada do desenvolvimento do SIMEPAR (Sistema vai prever catástrofe com até três dias de antecedência, 2013). Apesar do título ingênuo, afinal a Natureza consegue surpreender qualquer sistema, a descrição do que está sendo feito é empolgante.
Já na criação do projeto de formação do sistema de previsão meteorológica, que teve o nome fantasia de SIMEPAR, a denominação original mudaram por conveniências midiáticas, existia a previsão de um conjunto de radares semelhantes, com alguma diferença de distribuição.
Era a convicção dos promotores do projeto (COPEL, IAPAR e UFPR) que os ganhos justificavam plenamente os investimentos e custos operacionais se tudo fosse gerenciado de forma adequada. Infelizmente aos poucos as boas intenções perderam impacto, afinal davam muito menos efeito político do que fazer, por exemplo, alguma festa em alguma pedreira.
Para a RMC as boas notícias não param por aí.
Vimos a reportagem sobre a “Coleta Especial” de lixo (LIXO TÓXICO DOMICILIAR - RECEBIMENTO), algo mais do que necessário diante do crescimento do lixo altamente poluente e perigoso, como, por exemplo, as lâmpadas de alto rendimento e embalagens de produtos químicos.
A Sanepar oferta um sistema de consulta à situação da rede de esgotos em Curitiba; ótimo! Faz falta e vamos esperar dessa concessionária algo mais do que informações imprecisas.
Programas educativos e boa mídia podem fazer o resto, por enquanto.
Assim o Dia Mundial do Meio Ambiente faz sentido.
Cascaes
5.6.2013

Brembatti, K. (5 de 6 de 2013). Sistema vai prever catástrofe com até três dias de antecedência. Gazeta do Povo, p. 12.
Heidegger, M. (2009). Introdução à Filosofia. (M. A. Casanova, Trad.) São Paulo: wmf martin fontes.
LIXO TÓXICO DOMICILIAR - RECEBIMENTO. (s.d.). Fonte: PMC: http://www.curitiba.pr.gov.br/servicos/cidadao/lixo-toxico-domiciliar-recebimento/702




[1] Escatologia (do grego antigo εσχατος, "último", mais o sufixo -logia) é uma parte da teologia e filosofia que trata dos últimos eventos na história do mundo ou do destino final do gênero humano, comumente denominado como fim do mundo. Em muitas religiões, o fim do mundo é um evento futuro profetizado no texto sagrado ou no folclore. De forma ampla, escatologia costuma relacionar-se com conceitos tais como Messias ou Era Messiânica, a pós-vida, e a alma. Wikipédia

sábado, 1 de junho de 2013