quarta-feira, 5 de junho de 2013

O bom exercício da Engenharia e o Dia Mundial do Meio Ambiente

No Dia do Meio Ambiente – gerenciamento técnico?
Desde que a onda ambientalista tomou conta da Humanidade, devidamente apoiada por imensos interesses industriais e políticos, a opção verde criou uma alternativa para aqueles que procuravam uma bandeira menos perigosa que a defesa dos Direitos Humanos.
Os seres humanos, nós e aqui e vale uma leitura atenta do livro (Introdução à Filosofia, 2009), desamparados pelo turbilhão de informações “científicas” encontraram no comportamento escatológico[1]  de muitas lideranças ambientalistas uma maneira de serem mais egoístas e menos fraternos.
Outros, ainda que reunindo as duas diretrizes, perdem-se em teses que desviam a atenção das questões principais na defesa do meio ambiente e da Humanidade.
Entre tantas brutalidades com a reinvenção do fundamentalismo religioso (substituindo a fundamentalismo ideológico) continuamos com os grandes grupos econômicos e o crime organizado mandando.  As guerras são um tremendo negócio, além de distraírem nações...
E o gerenciamento técnico?
Bom exercício da Engenharia, Sociologia, Filosofia, Urbanismo, Medicina etc. se subordinados à honestidade intelectual real e à coragem de profissionais competentes é uma forma de disciplinamento da política.
O corporativismo radical é um câncer que afeta bandeiras a favor da população, mas quando indivíduo e entidades conseguem superar os egocentrismos os resultados realmente empolgam. Estamos escrevendo no Dia Mundial do Meio Ambiente e em Curitiba pudemos ver pelas reportagens apresentadas boas notícias, a melhor, disparadamente, é a retomada do desenvolvimento do SIMEPAR (Sistema vai prever catástrofe com até três dias de antecedência, 2013). Apesar do título ingênuo, afinal a Natureza consegue surpreender qualquer sistema, a descrição do que está sendo feito é empolgante.
Já na criação do projeto de formação do sistema de previsão meteorológica, que teve o nome fantasia de SIMEPAR, a denominação original mudaram por conveniências midiáticas, existia a previsão de um conjunto de radares semelhantes, com alguma diferença de distribuição.
Era a convicção dos promotores do projeto (COPEL, IAPAR e UFPR) que os ganhos justificavam plenamente os investimentos e custos operacionais se tudo fosse gerenciado de forma adequada. Infelizmente aos poucos as boas intenções perderam impacto, afinal davam muito menos efeito político do que fazer, por exemplo, alguma festa em alguma pedreira.
Para a RMC as boas notícias não param por aí.
Vimos a reportagem sobre a “Coleta Especial” de lixo (LIXO TÓXICO DOMICILIAR - RECEBIMENTO), algo mais do que necessário diante do crescimento do lixo altamente poluente e perigoso, como, por exemplo, as lâmpadas de alto rendimento e embalagens de produtos químicos.
A Sanepar oferta um sistema de consulta à situação da rede de esgotos em Curitiba; ótimo! Faz falta e vamos esperar dessa concessionária algo mais do que informações imprecisas.
Programas educativos e boa mídia podem fazer o resto, por enquanto.
Assim o Dia Mundial do Meio Ambiente faz sentido.
Cascaes
5.6.2013

Brembatti, K. (5 de 6 de 2013). Sistema vai prever catástrofe com até três dias de antecedência. Gazeta do Povo, p. 12.
Heidegger, M. (2009). Introdução à Filosofia. (M. A. Casanova, Trad.) São Paulo: wmf martin fontes.
LIXO TÓXICO DOMICILIAR - RECEBIMENTO. (s.d.). Fonte: PMC: http://www.curitiba.pr.gov.br/servicos/cidadao/lixo-toxico-domiciliar-recebimento/702




[1] Escatologia (do grego antigo εσχατος, "último", mais o sufixo -logia) é uma parte da teologia e filosofia que trata dos últimos eventos na história do mundo ou do destino final do gênero humano, comumente denominado como fim do mundo. Em muitas religiões, o fim do mundo é um evento futuro profetizado no texto sagrado ou no folclore. De forma ampla, escatologia costuma relacionar-se com conceitos tais como Messias ou Era Messiânica, a pós-vida, e a alma. Wikipédia

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