No Dia do Meio Ambiente – gerenciamento técnico?
Desde que a onda ambientalista tomou conta da Humanidade,
devidamente apoiada por imensos interesses industriais e políticos, a opção
verde criou uma alternativa para aqueles que procuravam uma bandeira menos perigosa
que a defesa dos Direitos Humanos.
Os seres humanos, nós e aqui e vale uma leitura atenta do
livro (Introdução à Filosofia, 2009) , desamparados pelo
turbilhão de informações “científicas” encontraram no comportamento escatológico[1]
de muitas lideranças ambientalistas uma
maneira de serem mais egoístas e menos fraternos.
Outros, ainda que reunindo as duas diretrizes, perdem-se em
teses que desviam a atenção das questões principais na defesa do meio ambiente
e da Humanidade.
Entre tantas brutalidades com a reinvenção do
fundamentalismo religioso (substituindo a fundamentalismo ideológico)
continuamos com os grandes grupos econômicos e o crime organizado mandando. As guerras são um tremendo negócio, além de
distraírem nações...
E o gerenciamento técnico?
Bom exercício da Engenharia, Sociologia, Filosofia,
Urbanismo, Medicina etc. se subordinados à honestidade intelectual real e à
coragem de profissionais competentes é uma forma de disciplinamento da
política.
O corporativismo radical é um câncer que afeta bandeiras a
favor da população, mas quando indivíduo e entidades conseguem superar os
egocentrismos os resultados realmente empolgam. Estamos escrevendo no Dia
Mundial do Meio Ambiente e em Curitiba pudemos ver pelas reportagens
apresentadas boas notícias, a melhor, disparadamente, é a retomada do
desenvolvimento do SIMEPAR (Sistema vai prever catástrofe com até três dias de
antecedência, 2013) . Apesar do título ingênuo, afinal a
Natureza consegue surpreender qualquer sistema, a descrição do que está sendo
feito é empolgante.
Já na criação do projeto de formação do sistema de previsão
meteorológica, que teve o nome fantasia de SIMEPAR, a denominação original
mudaram por conveniências midiáticas, existia a previsão de um conjunto de
radares semelhantes, com alguma diferença de distribuição.
Era a convicção dos promotores do projeto (COPEL, IAPAR e
UFPR) que os ganhos justificavam plenamente os investimentos e custos
operacionais se tudo fosse gerenciado de forma adequada. Infelizmente aos
poucos as boas intenções perderam impacto, afinal davam muito menos efeito
político do que fazer, por exemplo, alguma festa em alguma pedreira.
Para a RMC as boas notícias não param por aí.
Vimos a reportagem sobre a “Coleta Especial” de lixo (LIXO TÓXICO
DOMICILIAR - RECEBIMENTO) , algo mais do que necessário diante do
crescimento do lixo altamente poluente e perigoso, como, por exemplo, as
lâmpadas de alto rendimento e embalagens de produtos químicos.
A Sanepar oferta um sistema de consulta à situação da rede
de esgotos em Curitiba; ótimo! Faz falta e vamos esperar dessa concessionária
algo mais do que informações imprecisas.
Programas educativos e boa mídia podem fazer o resto, por
enquanto.
Assim o Dia Mundial do Meio Ambiente faz sentido.
Cascaes
5.6.2013
Brembatti, K. (5 de 6 de 2013). Sistema vai prever
catástrofe com até três dias de antecedência. Gazeta do Povo, p. 12.
Heidegger, M. (2009). Introdução à Filosofia.
(M. A. Casanova, Trad.) São Paulo: wmf martin fontes.
LIXO TÓXICO DOMICILIAR - RECEBIMENTO. (s.d.). Fonte: PMC:
http://www.curitiba.pr.gov.br/servicos/cidadao/lixo-toxico-domiciliar-recebimento/702
[1] Escatologia (do grego antigo εσχατος, "último",
mais o sufixo -logia) é uma parte da teologia e filosofia que
trata dos últimos eventos na história do mundo ou do destino final
do gênero
humano, comumente denominado como fim do mundo. Em muitas religiões,
o fim do mundo é um evento futuro profetizado no texto
sagrado ou no folclore. De forma ampla, escatologia costuma relacionar-se
com conceitos tais como Messias ou Era
Messiânica, a pós-vida, e a alma. Wikipédia
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