Uma questão fundamental é se a Humanidade sabe e está em
condições de aproveitar e gerenciar bem novas tecnologias e sistemas
importantes à sua sobrevivência. O salto tecnológico foi enorme e caminha a passos
acelerados exponencialmente. Nossas cabeças, contudo, têm inércia e poucas estão
(se é que existem) preparadas para entender e administrar corretamente esse
mundo Flash Gordon[1].
Na ignorância e dentro do que a maioria sabe fazer ficamos
nas intrigas, maniqueísmo, leis absurdas e opção pela economia do crime.
Infelizmente trens de alta velocidade, usinas nucleares e
até catracas curitibanas não esperam julgamentos e sempre podem culpar
prepostos e mordomos...
No Japão o acidente de Fukushima dá um baile, falam pouco,
contudo, dos acionistas que simplesmente queriam ganhar mais dinheiro do que podiam...
Talvez, dentro do rigor típico da cultura japonesa, lá venham a enquadrar os
verdadeiros responsáveis por aquela tragédia (TEPCO acusada de irresponsabilidade, 2013) .
Talvez os tribunais japoneses agora criem limites ao DNA de
empreendedores que expõem populações e clientes a riscos desconhecidos e
inaceitáveis.
O acidente com o avião da TAM em Congonhas em 2007 (Acidente da TAM em Congonhas faz 6 anos; 3 réus
serão julgados em agosto, 2013) e o desastre com o
Navio Costa Concordia (Justiça condena responsáveis pelo naufrágio do navio
Costa Concordia, 2013) demonstram que os culpados sempre são
pessoas na operação, “falha humana” como nossa Presidenta gosta de vociferar.
Os acionistas e grandes gerentes normalmente escapam sem maiores problemas.
Felizmente o mundo acorda graças às sovas que a humanidade
tem levado [ (Economia
Bandida) ,
(Trabalho Interno) , (Investigação nos EUA começa a desmontar outra rede criminosa no centro
da finança mundial - Senhores e ladrões do universo, 2013) ].
O interessante disso tudo é que poderia ser diferente se as
empresas de seguro e fabricantes de editais quisessem. Nas seguradoras a
preocupação concreta com o sucesso, se aceitarem riscos já é um bom sinal. Os editais,
principalmente a partir de empresas públicas, estatais, devem parar de dizer
como fazer e concentrar o foco no que se pretende quando se contrata ou compra
algo. Se o cliente não sabe o que quer e não tem capacidade de colocar isso em
no máximo 3 a 5 páginas datilografadas é um mau sinal, inclusive de
desonestidade e licitações dirigidas. Dizendo com clareza o que se deseja
abre-se o leque de proponentes, não submetidos a camisas de força exotéricas.
Felizmente o tempo avança. Futuristas calculam que dentro de
meio século teremos centros de processamento de dados em condições de assimilar
e fazer análises com base na totalidade do conhecimento humano universalizado. Dizem,
inclusive, que esses CPDs serão compactados em computadores pequenos após mais
meio século.
Maravilha, talvez assim a boa Engenharia de fabricação,
construção, operação etc. volte a dominar.
Aliás, é tocante ler o artigo (Desastres ferroviários , 2013) , onde o autor lembra
de como era maravilhoso usar os trens europeus mais antigos nos tempos em que
se admirava a natureza e não simplesmente os “pontos turísticos”, inventados
para satisfazer a sede de fotografias “eu estou aqui”.
Vimos as notícias sobre as catracas dos ônibus de Curitiba,
continuam desprezando o principal, a utilização de um sistema controlável à
distância em condições de gerar números ao gosto do freguês. Não ocorre a
nossas autoridades e até aos empresários a necessidade de auditorias técnicas
severas e regulares. Quem estaria perdendo se alguma espécie de fraude e, ou,
defeito estiver acontecendo?
Assim continuamos a querer sofisticações dia a dia maiores
sem estarmos preparados para gerenciá-las.
O setor elétrico é um exemplo clássico dessa zorra (d´Araujo) . Economistas,
advogados e lobistas dão a impressão de mandarem mais do que qualquer prudência
técnica. Assim vamos digerindo riscos absurdos e custos mal administrados,
afinal o assunto é complexo e nem as agências reguladoras estão equipadas e preparadas
para conduzir o imenso Sistema Interligado Nacional (SIN).
Nossos governantes menores reclamam da falta de recursos, por
que não se unem a favor de uma reforma fiscal verdadeira e que contemple quem
trabalha e dá aos estados e municípios condições de cumprirem suas obrigações?
Assim o Brasil avança e seu povo mais jovem sente que algo
está errado. Felizmente todos já se cansaram de estratégias ideológicas e
fantasias utópicas, precisamos, isso sim, de seriedade, competência e coragem
para corrigir esse imenso Brasil mal nascido.
Cascaes
26.7.2013
Acidente da TAM em Congonhas faz 6 anos; 3 réus serão
julgados em agosto. (17 de 7 de
2013). Fonte: Terra:
http://noticias.terra.com.br/brasil/acidente-da-tam-em-congonhas-faz-6-anos-3-reus-serao-julgados-em-agosto,9b1b367ad39ef310VgnVCM3000009acceb0aRCRD.html
Justiça condena responsáveis pelo naufrágio do navio
Costa Concordia. (20 de 7 de 2013).
Fonte: TUDO:
http://www.jornaltudobh.com.br/mundo/justica-condena-responsaveis-pelo-naufragio-do-navio-costa-concordia/
TEPCO acusada de irresponsabilidade. (26 de 7 de 2013). Fonte: euronews:
http://pt.euronews.com/2013/07/26/tepco-acusada-de-irresponsabilidade/
d´Araujo, R. P. (s.d.). Fonte: Roberto D'Araujo:
http://robertodaraujo.blogspot.com.br/
Ferguson, C. (s.d.). Trabalho Interno. Fonte:
Livros e Filmes Especiais:
http://livros-e-filmes-especiais.blogspot.com/2012/01/trabalho-interno.html
FREIRE, V. T. (26 de 7 de 2013). Investigação nos
EUA começa a desmontar outra rede criminosa no centro da finança mundial -
Senhores e ladrões do universo. Fonte: Perca Tempo - O Blog do Murilo:
http://avaranda.blogspot.com.br/2013/07/senhores-e-ladroes-do-universo-vinicius.html?spref=fb
LAPOUGE, G. (26 de 7 de 2013). Desastres
ferroviários . Fonte: Perca Tempo - O Blog do Murilo:
http://avaranda.blogspot.com.br/2013/07/desastres-ferroviarios-gilles-lapouge.html?spref=fb
Napoleoni, L. (s.d.). Economia Bandida. Fonte:
Livros e Filmes Especiais:
http://livros-e-filmes-especiais.blogspot.com/2010/06/economia-bandida.html
[1] Flash
Gordon, criado por Alex Raymond, é o segundo herói espacial das histórias
em quadrinhos (o primeiro foi Buck Rogers),
e foi publicado pela primeira vez em uma prancha dominical de 7 de
Janeiro de 1934 . Em 1933, a King Features Syndicate abriu um
concurso para descobrir personagens de quadrinhos que rivalizassem comBuck Rogers e Tarzan de sua
concorrente, a Pulitzer Syndicate. Alex
Raymond se inscreveu e ganhou, passando a desenhar Flash Gordon e Jim
das Selvas (que completava a página) para o New York American
Journal, a partir de um domingo, 7 de
Janeiro de 1934. Poucas semanas depois, Raymond passaria também a desenhar
o Agente Secreto X-9, outra encomenda da King
Features para contrabalançar o sucesso de Dick Tracy,
da Pulitzer...
A história girava em torno das aventuras de Flash
Gordon, cujo nome batizava a série, e seus acompanhantes, Dr. Hans Zarkov e Dale Arden.
A história começa com o Dr. Zarkov inventando um foguete,
no qual os três fazem uma viagem ao planeta Mongo, onde naufragam. Mongo é
habitado por várias culturas diferentes, algumas tecnologicamente avançadas,
que têm caído uma a uma sob o domínio do cruel tirano Ming, o Impiedoso...