terça-feira, 7 de março de 2023

O caos dos contratos públicos



 

Um comentário:

  1. É uma boa sacada esta de securitização das obras públicas, Cascaes. O problema é que esse procedimento está longe da prática dos riscos praticados pelo capitalismo tupiniquim. Por exemplo, agora estão ressuscitando o trem-bala entre o Rio e São Paulo, com o nome de TAV - Trem de Alta Velocidade, com a previsão de fazer o percurso em uma hora e meia entre as duas cidades. Mas qual o grande problema? A iniciativa seria inteiramente privada. E isto me faz sorrir. E o porquê? Ora porque a obra está estimada em 50 bilhões de Reais e a empresa interessada na permissão por 99 anos tem o capital de apenas R$ 100 mil. Vai dar certo? Não sei. Tenho dúvidas. É preciso um parceiro muito sorte. E embora a iniciativa é totalmente privada, tem o risco de ficar na paisagem alguns "elefantes de concreto" inacabados, perdidos nas matas e montanhas. E o pior. A proposta é parar em Santa Cruz, no Rio de Janeiro; e em Pirituba, em São Paulo. Ou seja, não se aproxima dos centros das cidades. Portanto, como fazer concorrência com a Ponte Aérea que tem o Santos Dumont no coração do Rio e com Congonhas, que embora mais distante, não está tão longe como Pirituba? E estamos vivendo tempos outros, onde a tendência é a diminuição da demanda da Ponte Aérea pós Covid-19, porque os trabalhos remotos e os deslocamentos estão diminuindo e tendem a diminuir mais ainda no futuro. Portanto, há medo se não houver de fato uma securitização dessa obra, porque depois os governos irão ser chamados para concluí-la de alguma forma.

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