O principal
indicador de civilidade de qualquer cidade, na minha opinião, é o respeito ao
pedestre, sua segurança, qualidade de mobilidade sem qualquer veículo exceto
equipamentos de apoio a pessoas com deficiência(s).
Em Curitiba,
cidade tida e havida como exemplar, e tem muito do que se orgulhar, pagamos um
preço elevado em consequência de equívocos e desprezo pela boa Engenharia.
A
sobrevivência do cidadão exige senso de prioridades, honestidade intelectual,
competência e vontade real. Isso, com certeza, envolve uma coleção de serviços
públicos essenciais e outros que vão surgindo no bojo das novidades
tecnológicas e sociais.
Nossos
problemas são diferentes daqueles que afligem cidades europeias, por exemplo. O
Velho Continente foi palco de conflitos violentíssimos e processos darwinianos
que agora, após milênios de transformações, possibilitam-lhe exibir condições
de vida que atraem irresistivelmente povos que os europeus exploraram
impiedosamente durante séculos.
Gabam-se de
situações privilegiadas obtidas por efeito de lenta evolução e muita exploração.
Querem, por exemplo, que o resto da Humanidade resolva problemas que agora
aparecem em seus narizes.
E a capital
do Paraná?
Felizmente
graças a bons prefeitos e governadores pode exibir-se, mas ainda precisa
corrigir erros em muitos detalhes que prejudicam a população.
Infraestrutura
antiga, sistemas saturados ou precisando de manutenções e aprimoramentos radicais
são preocupantes.
A
insegurança, ônus de administrações distantes geograficamente, é um pesadelo e
o passado em grandes fazendas, mudando ( (IBGE, 2018) , expulsando
trabalhadores, negando-lhes um mínimo de preparo para a vida urbana gera
moradores de calçadas, catadores de lixo com carrinhos nem sempre adequados e
vivendo em bairros esquecidos, antro de viciados nas drogas baratas e
dependência de traficantes
Todos, contudo, que precisam caminhar
são vítimas de um trânsito maluco, pelo desprezo aos pedestres.
Estradas
urbanas compartilhando espaços com ônibus e calçadas e gradativamente se integram
às cidades, lugares livres viram espaços ocupados, o pesadelo das monstrópoles
não é desprezível.
O acidente
em 31 de julho passado que matou 4 mulheres ilustra uma série de problemas à
medida que é analisado.
Um oficial
militar perdeu-se em sua viatura e atropelou mortalmente quatro mulheres
esperando o transporte coletivo, acidente talvez motivado pela falta de uso dos
sistemas de alarme da viatura e da necessidade de se desviarem de outros
pedestres.
Uma pista
que permite até 70 km/h não tem proteções laterais, (mureta, guard
rail ou defensa metálica).
E os trens
continuam abalroando, esmagando veículos. Cancelas automáticas? Sinalização
adequada? Quem passa pela ferrovia pode ser surdo, por exemplo, e o que sobra?
Canaletas em
Curitiba estão virando pista para qualquer um.
Falamos de
trânsito motorizado, e há muito mais, principalmente sobre a mobilidade do
pedestre idoso, com deficiência(s), debilitado, criança e da pessoa em qualquer
outra condição dita normal....
João Carlos
Cascaes
Curitiba, 1
de agosto de 2018
IBGE.
(2018). Censo Agro 2017: resultados preliminares mostram queda de 2,0% no
número de estabelecimentos e alta de 5% na área total. Censo. Acesso em 1
de 8 de 2018, disponível em
https://agenciadenoticias.ibge.gov.br/agencia-sala-de-imprensa/2013-agencia-de-noticias/releases/21905-censo-agro-2017-resultados-preliminares-mostram-queda-de-2-0-no-numero-de-estabelecimentos-e-alta-de-5-na-area-total.html
Nenhum comentário:
Postar um comentário