sábado, 11 de agosto de 2018

Acidentes, atropelamentos, Tecnologia e Inovações



O principal indicador de civilidade de qualquer cidade, na minha opinião, é o respeito ao pedestre, sua segurança, qualidade de mobilidade sem qualquer veículo exceto equipamentos de apoio a pessoas com deficiência(s).
Em Curitiba, cidade tida e havida como exemplar, e tem muito do que se orgulhar, pagamos um preço elevado em consequência de equívocos e desprezo pela boa Engenharia.
A sobrevivência do cidadão exige senso de prioridades, honestidade intelectual, competência e vontade real. Isso, com certeza, envolve uma coleção de serviços públicos essenciais e outros que vão surgindo no bojo das novidades tecnológicas e sociais.
Nossos problemas são diferentes daqueles que afligem cidades europeias, por exemplo. O Velho Continente foi palco de conflitos violentíssimos e processos darwinianos que agora, após milênios de transformações, possibilitam-lhe exibir condições de vida que atraem irresistivelmente povos que os europeus exploraram impiedosamente durante séculos.
Gabam-se de situações privilegiadas obtidas por efeito de lenta evolução e muita exploração. Querem, por exemplo, que o resto da Humanidade resolva problemas que agora aparecem em seus narizes.
E a capital do Paraná?
Felizmente graças a bons prefeitos e governadores pode exibir-se, mas ainda precisa corrigir erros em muitos detalhes que prejudicam a população.
Infraestrutura antiga, sistemas saturados ou precisando de manutenções e aprimoramentos radicais são preocupantes.
A insegurança, ônus de administrações distantes geograficamente, é um pesadelo e o passado em grandes fazendas, mudando ( (IBGE, 2018), expulsando trabalhadores, negando-lhes um mínimo de preparo para a vida urbana gera moradores de calçadas, catadores de lixo com carrinhos nem sempre adequados e vivendo em bairros esquecidos, antro de viciados nas drogas baratas e dependência de traficantes
Todos, contudo, que precisam caminhar são vítimas de um trânsito maluco, pelo desprezo aos pedestres.
Estradas urbanas compartilhando espaços com ônibus e calçadas e gradativamente se integram às cidades, lugares livres viram espaços ocupados, o pesadelo das monstrópoles não é desprezível.
O acidente em 31 de julho passado que matou 4 mulheres ilustra uma série de problemas à medida que é analisado.
Um oficial militar perdeu-se em sua viatura e atropelou mortalmente quatro mulheres esperando o transporte coletivo, acidente talvez motivado pela falta de uso dos sistemas de alarme da viatura e da necessidade de se desviarem de outros pedestres.
Uma pista que permite até 70 km/h não tem proteções laterais, (muretaguard rail ou defensa metálica).
E os trens continuam abalroando, esmagando veículos. Cancelas automáticas? Sinalização adequada? Quem passa pela ferrovia pode ser surdo, por exemplo, e o que sobra?
Canaletas em Curitiba estão virando pista para qualquer um.
Falamos de trânsito motorizado, e há muito mais, principalmente sobre a mobilidade do pedestre idoso, com deficiência(s), debilitado, criança e da pessoa em qualquer outra condição dita normal....

João Carlos Cascaes
Curitiba, 1 de agosto de 2018

IBGE. (2018). Censo Agro 2017: resultados preliminares mostram queda de 2,0% no número de estabelecimentos e alta de 5% na área total. Censo. Acesso em 1 de 8 de 2018, disponível em https://agenciadenoticias.ibge.gov.br/agencia-sala-de-imprensa/2013-agencia-de-noticias/releases/21905-censo-agro-2017-resultados-preliminares-mostram-queda-de-2-0-no-numero-de-estabelecimentos-e-alta-de-5-na-area-total.html




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