No Brasil a precariedade social e a cultural além de
prioridades equivocadas no desenvolvimento do país criaram um cenário
apavorante que, pior ainda, parece não comover mais as pessoas.
Temos uma legislação e normas técnicas para segurança em
ambiente de trabalho, até um foro judicial para julgá-los, e na vida do cidadão
comum?
Evitar desde tragédias a incidentes perigosos é o dever de
todos. Para quem gosta de arriscar a própria vida existem os circos, as arenas,
pistas de corrida, montanhas, calçadas curitibanas etc., tudo, entretanto, gera
custos.
Qualquer engenheiro medianamente instruído sabe que criando estatísticas
sérias, bem feitas, pode-se calcular, estimar o número de acidentes e seus
efeitos. As empresas seguradoras são especialistas no assunto e podemos sentir
isso quando as contratamos.
No Brasil colecionamos tragédias monumentais. Por quê?
Os brasileiros podem agora ver ao vivo e a cores os
emaranhados criados pelos especialistas em Direito. Nossa Justiça é
assimétrica, a opinião pública nem tanto.
Com as redes sociais e novos padrões de jornalismo formal
imaginamos que muita gente deve estar arrependida de seus excessos. Terá valido
a pena o espírito Zé Carioca, Gastão, Irmãos Metralha, Tio Patinhas, Peninha
etc.? Os mais velhos entenderão bem essa lembrança dos gibis que talvez tenham
colaborado para a visão temerária que criamos.
Obviamente muito mais deverá explicar nossos atrasos, até
mesmo a segurança patrimonial e cartorial de leis truculentas do meio do século
19.
O que realmente preocupa é ver tantas pessoas destruindo seu
próprio futuro e de pessoas que até amam pela imprevidência rotineira.
A diferença entre algo feito com segurança e sem segurança
pode surpreender, se apropriarmos os danos permanentes à imagem pessoal,
institucional, empresarial, social, política...
Cascaes
19.7.2017
Nenhum comentário:
Postar um comentário