sexta-feira, 7 de fevereiro de 2014

Setor Elétrico - um modelo institucional feito de encomenda para os especuladores

De acordo com a ABRAGE, a associação das geradoras de energia elétrica, o quadro atual do mercado de eletricidade no Brasil mostra preocupação. O preço da energia no mercado livre (que já atingiu o teto fixado pelo governo) é formado a partir dos níveis dos reservatórios das usinas hidrelétricas, das afluências nesses reservatórios, da oferta de energia disponível e do mercado consumidor. Os dois primeiros componentes são exógenos, pois dependem das chuvas que estão demorando para vir nesse verão. E como a oferta de energia está no limite (o melhor indicador são as usinas térmicas, que estão operando quase que ininterruptamente), sobra como variável controlável o mercado consumidor do produto. 


Vão nesse sentido os comentários das comercializadoras de energia, que dizem que o momento não é de racionar o fornecimento, mas de racionalizar o consumo.

Vai dar m*:

- no curto prazo pela falta de planejamento do governo federal ao baixar os preços da luz sem incentivar o consumo responsável pela população;
- no médio prazo pela necessidade de reajustes significativos de tarifas depois das eleições; e
- no longo prazo quando as distribuidoras de eletricidade começarem a pagar os adiantamentos que foram feitos em 2013 e (possivelmente) 2014 pelo governo federal para que elas possam pagar a energia térmica que elas foram obrigadas a comprar...

Enquanto isso os tubarões - que são representados pelas geradoras com energia disponível (descontratada, no jargão) - estão enchendo as burras comercializando no mercado spot a energia que não foi ofertada nos leilões da ANEEL.

______________________
um amigo


Ainda quanto a esse problema elétrico.


Uma das soluções técnicas seria a Copel solicitar um reajuste extraordinário das suas tarifas à agência reguladora, que permita suportar o alto preço da energia que ela está sendo obrigada a comprar no mercado de curto prazo e que deve já estar pressionando o seu fluxo de caixa.



A pergunta é: e como é que fica o custo político dessa medida para o governo do estado? Afinal, como deixar claro para a população paranaense que a Copel foi obrigada a essa medida pela falta de planejamento e gestão do governo federal para o setor, e que ela até abriu mão temporariamente de parte do reajuste que foi concedido em 2013?


Abraço,


______________________
um amigo


Nenhum comentário:

Postar um comentário