De acordo com a ABRAGE, a associação das geradoras de energia
elétrica, o quadro atual do mercado de eletricidade no Brasil mostra
preocupação. O preço da energia no mercado livre (que já atingiu o teto fixado
pelo governo) é formado a partir dos níveis dos reservatórios das usinas
hidrelétricas, das afluências nesses reservatórios, da oferta de energia
disponível e do mercado consumidor. Os dois primeiros componentes são exógenos,
pois dependem das chuvas que estão demorando para vir nesse verão. E como a
oferta de energia está no limite (o melhor indicador são as usinas térmicas,
que estão operando quase que ininterruptamente), sobra como variável
controlável o mercado consumidor do produto.
Vão nesse sentido os comentários das comercializadoras de energia, que dizem que o momento não é de racionar o fornecimento, mas de racionalizar o consumo.
Vai dar m*:
- no curto prazo pela falta de planejamento do governo federal ao baixar os preços da luz sem incentivar o consumo responsável pela população;
- no médio prazo pela necessidade de reajustes significativos de tarifas depois das eleições; e
- no longo prazo quando as distribuidoras de eletricidade começarem a pagar os adiantamentos que foram feitos em 2013 e (possivelmente) 2014 pelo governo federal para que elas possam pagar a energia térmica que elas foram obrigadas a comprar...
Enquanto isso os tubarões - que são representados pelas geradoras com energia disponível (descontratada, no jargão) - estão enchendo as burras comercializando no mercado spot a energia que não foi ofertada nos leilões da ANEEL.
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um amigo
Ainda quanto a esse problema elétrico.
Uma das soluções técnicas
seria a Copel solicitar um reajuste extraordinário das suas tarifas à agência
reguladora, que permita suportar o alto preço da energia que ela está sendo
obrigada a comprar no mercado de curto prazo e que deve já estar pressionando o
seu fluxo de caixa.
A pergunta é: e como é que
fica o custo político dessa medida para o governo do estado? Afinal, como
deixar claro para a população paranaense que a Copel foi obrigada a essa medida
pela falta de planejamento e gestão do governo federal para o setor, e que ela
até abriu mão temporariamente de parte do reajuste que foi concedido em 2013?
Abraço,
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um amigo
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