Tempos modernos, oportunismo, covardia e alienação técnica
A Humanidade sempre esteve atrasada em relação ao que era
capaz e deveria cuidar. A gênese das guerras, períodos de terror, epidemias
etc. demonstram que existe um vácuo gigantesco entre o que conseguiam fazer,
tinham capacidade de gerenciar e o que seria necessário.
A fragilidade da mente humana levou-a a submissões estranhas
e comportamentos padronizados, acima de tudo à submissão a lideranças
circunstanciais e preparadas para explorar as fragilidades dos rebanhos.
Tudo suportável enquanto os seres humanos produziram
formigueiros pequenos, viveram com limitações de trânsito e de destruição
guerreira e acidental.
Agora até pequenas comunidades conseguem construir coisas
gigantescas, bastando ter acesso a tecnologias específicas e capitais criados
até nas gráficas do Banco Central dos EUA.
Dinheiro em tese seria um documento de troca de trabalho,
possibilitando uma acumulação de valores à medida que uma diferença fosse
criada. Perdeu-se, contudo, qualquer relação de valores materiais e morais,
técnicos e éticos (se é que em alguma época isso existiu).
Na área da Engenharia chegamos a situações extremamente
perigosas, pois a avaliação de projetos, instalações, operação e utilização de estruturas
altamente complexas passaram para o reino das taxas de retorno e análise de
balanço. A alienação é total, agravada pela exacerbação da esperteza de
lideranças que sabem criar covardias e conveniências na cabecinha dos seres
humanos.
Com certeza entre os sete bilhões de seres humanos existem
pessoas extraordinariamente inteligentes que, onde estiverem, saberão usar as
fraquezas da espécie humana a favor de seus interesses.
Vemos, contudo, os efeitos das limitações até dos mais
inteligentes.
No Japão Fukushma é um exemplo concreto da ousadia mal avaliada
e no Brasil as lógicas de dominação política de nosso povo destacam a
exacerbação da covardia e do oportunismo.
Com destaque para os dois últimos titulares da Presidência
da República, vemos a malandragem esperta com a intimidação explícita castrando
e esterilizando quase duzentos milhões de brasileiros e brasileiras.
A história de nossas grandes estatais é um exemplo claro de
desmonte gradual e bem “explicado” de organizações que poderiam ter muitos
defeitos, mas que se desmancham sob estratégias de “combate à inflação” e até
de corrupção pura e simples. A favor de quem?
Nunca foi segredo que tinham problemas. No mundo alienista
atual, tempos de máxima informação e mínima educação, ou melhor, educação ao
gosto e critério de ONGs e potências estrangeiras, vale tudo?
O que usam é a contabilidade rasteira.
Aos poucos barragens gigantescas passam à gerência rápida de
grupos que vão explorar ao máximo o que puderem para ao final de algum prazo
devolverem o que sobrar; em alto mar as decisões serão divididas com essa gente
padrão mamute, capaz de tudo para dominar quem estiver ao lado.
O Governo (por incompetência inacreditável?) gerou uma
situação de fragilidade financeira que teoricamente exige ações ao gosto da
banca internacional.
Que maravilha para os predadores, aqui voltam a descobrir
uma terra de gente que troca espelhinhos por suas riquezas...
Paralelamente ao entreguismo explícito criamos cenários
perigosos, pura e simplesmente imponderáveis de risco à Natureza e à sobrevivência
dos brasileiros.
Cascaes
20.10.2013
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