Roberto
Minha tese é a de que o arquiteto, o urbanista e o engenheiro podem
calcular, usando estatísticas, quantos acidentes acontecerão em função do
projeto, operação e manutenção.
Ou seja, são responsáveis pelas mortes, atropelamentos, lesões etc.
Grato pela resposta documentada.
Vou coloca-la em blog.
Merece.
Abraços
Cascaes
De: fomus@googlegroups.com [mailto:fomus@googlegroups.com] Em
nome de Roberto Ghidini Jr
Enviada em: quarta-feira, 19 de setembro de 2012 13:08
Para: fomus@googlegroups.com
Assunto: RE: [FoMUS] Pensando naqueles que ainda serão vítimas de acidentes
Enviada em: quarta-feira, 19 de setembro de 2012 13:08
Para: fomus@googlegroups.com
Assunto: RE: [FoMUS] Pensando naqueles que ainda serão vítimas de acidentes
Cascaes, Hugo, demais @migos FoMUS,
Apenas para salientar mais os
problemas urbanos dos atropelamentos exclusivamente, tomo a liberdade de anexar
um artigo que publicamos na Revista dos Transportes Públicos, nº 126 titulado
"O desenho urbano pode influir nos atropelamentos?", que foi um estudo
realizado sobrte a incidencia destes elementos nas consequencias dos
stropelamentos ocorridos em Madrid durante os anos 2003,4,5 e 6, em mais de 7
mil casos documentados.
O estudo mostra que sim... que em
variaveis como largura das ruas, comprimento das quadras, etc... sao mais ou
menos recorrentes os atropelamentos.
Assim, desenhar e projetar cidades
mais seguras é um dever dos urbanistas...
mais uma vez, agradeço a voce
Cascaes por voltar a lembrar-nos desta verdade incômoda.
abrazos,
rg
Sr. Cascaes:
Parabenizo-o por tão lúcida, atual e trágica cronica de mortes anunciadas.
Att.
Hugo Weber Jr.
Parabenizo-o por tão lúcida, atual e trágica cronica de mortes anunciadas.
Att.
Hugo Weber Jr.
From: ghidini.jr@hotmail.com
To: fomus@googlegroups.com
Subject: RE: [FoMUS] Pensando naqueles que ainda serão vítimas de acidentes
Date: Wed, 19 Sep 2012 10:43:15 +0000
To: fomus@googlegroups.com
Subject: RE: [FoMUS] Pensando naqueles que ainda serão vítimas de acidentes
Date: Wed, 19 Sep 2012 10:43:15 +0000
Cascaes.
Realmente, esses dados sao uma
verdade incomoda e lamentável...
Obrigado por lembrar-nos sempre!
abrazos amigo.
rg
From: jccascaes@onda.com.br
To: fomus@googlegroups.com
Subject: [FoMUS] Pensando naqueles que ainda serão vítimas de acidentes
Date: Wed, 19 Sep 2012 07:40:04 -0300
To: fomus@googlegroups.com
Subject: [FoMUS] Pensando naqueles que ainda serão vítimas de acidentes
Date: Wed, 19 Sep 2012 07:40:04 -0300
Pensando
naqueles que ainda serão vítimas de acidentes
Tragédia
brasileira
Prevenção
de acidentes exige muito, de técnicas próprias de urbanistas à educação de
motoristas e pedestres. Os números, as estatísticas brasileiras mostram que
estamos longe da situação ideal, talvez reduzindo mortes, mas elevando o número
de pessoas com deficiência(s).
Por
ano o Brasil perde em acidentes de trânsito motorizado quase o equivalente ao
número de mortes que os aliados (EUA basicamente) tiveram durante os muitos
anos de guerra no Vietnam. A quantidade de pessoas com lesões imediatas e
permanentes é muito maior, muitas só aparecem a longo prazo, infelizmente sem
origem inequívoca, portanto sem atribuição de causas evidentes. A quantidade de
pessoas com deficiência aumenta sem parar assim como piora a qualidade de vida
dos acidentados, algo que talvez só descubram alguns anos adiante.
Esse
lado negativo é escondido em propagandas caríssimas.
A
mídia de bebidas alcoólicas, por exemplo, é onipresente com ressalvas quase
ilegíveis (é feita para quem sabe ler e enxerga bem). Até a FIFA exigiu e o
Brasil aceitou a liberdade de propaganda de um fabricante de cerveja e sua
comercialização dentro dos estádios. No simplismo primata desses promotores
será suficiente e justo pôr na cadeia aqueles que se excederem, normalmente
jovens apaixonados por futebol, as maiores vítimas desses jogos.
O
drama dos acidentes se acentuou com o favorecimento (financiamento) à indústria
de motocicletas [(Brasil enfrenta epidemia de acidentes de trânsito, diz
representante do Ministério da Saúde, 2012) “Em 2011, foram internadas em
hospitais da rede pública 153.565 vítimas de acidentes de trânsito, o que gerou
um gasto de R$ 200 milhões aos cofres públicos. A agravante é que, do total das
internações, praticamente a metade – 48% – envolveu motociclistas.”].
Não
temos padrões nem modelos adequados para utilização em vias urbanas. O
resultado é que atravessar uma rua exige atenção redobrada exceto para quem é
capaz de enxergar e ouvir bem e os motoqueiros sem sorte enchem clínicas e
hospitais especializados. As cidades, afinal de contas, são feitas para
atletas.
Os
carros mostram a qualidade dos donos. Vidros escurecidos além do que leis
esquecidas permitem, mau estado de conservação e direção agressiva é algo
corriqueiro em nossas ruas e avenidas. Basta andar pela cidade, quando isso é
possível, e observar o comportamento dos motoristas e de pedestres malucos,
talvez desconhecendo o perigo a que se submetem quando desprezam os melhores
lugares para atravessá-las.
A
mídia ganha fortunas com a propaganda de produtos e comportamentos nocivos à
população, deveria ser obrigada a produzir programas equivalentes, nos mesmos
horários, para educar o povo, carente de tudo, principalmente um comportamento
social adequado às manias “modernas”.
A
omissão das autoridades de trânsito ou a falta de vigilância adequada por
efeito de “movimentos sociais equivocados” transformam nossas metrópoles em
selvas, seguindo modelos de enlatados que as emissoras apresentam e copiam. O
que vale é o índice de televisores conectados no programa que está sendo
apresentado. A deseducação do povo brasileiro mostra seus resultados em tudo, o
que é lamentável, dramático e tenebroso.
Toda
ação tem reação. O deboche e o descaso com a nação cria omissões, mas também
começa a gerar reações. Infelizmente pode-se ir de um extremo ao outro com
limitações excessivas.
O
Governo Federal, tão cioso das contas do INSS, SUS e outras siglas, deveria
extrair dessa contabilidade o que o contribuinte paga pelos maus hábitos dele e
de terceiros. Pior ainda, a tragédia que só aumenta diante do processo de
deseducação estimulado por campanhas de produtos e atitudes prejudiciais ao
povo.
Basta
ver os enlatados da TV para dar ânsia de vômito. Promoção da violência, de
armamentos, de atitudes antissociais etc., a mídia da superpotência (EUA)
dizendo eventualmente de forma explícita que está pronta para destruir quem se
opuser à “democracia do porrete” com o entusiasmo das grandes indústrias
querendo vender suas loucuras etc.
O
comportamento irresponsável é um pesadelo também nas empresas que amargam
estatísticas apavorantes. Nosso amigo Flávio Freitas Dinão, engenheiro na área
de segurança, informa que (4000 mortes/anos...em torno de 20000/ano inválidos
para o trabalho e 720.000 acidentes/anos) acontecem no Brasil (acidentes de trabalho).
Carecemos
de uma cultura efetivamente afinada com as necessidades do nosso povo. É fácil
imitar potências estrangeiras e ganhar tostões defendendo o que propõem,
difícil é renunciar aos confortos da bajulação a seres superiores.
Até
quando?
Cascaes
11.9.2012
Brasil, A. (13 de 9
de 2012). Brasil enfrenta epidemia de acidentes de trânsito, diz
representante do Ministério da Saúde. Fonte: bem Paraná: http://www.bemparana.com.br/noticia/230143/brasil-enfrenta-epidemia-de-acidentes-de-transito-diz-representante-do-ministerio-da-saude
Dinão, F. F. (s.d.).
4000 mortes/anos...em torno de 20000/ano inválidos para o trabalho e 720.000
acidentes/anos. Fonte: Quixotando: http://www.joaocarloscascaes.com/2012/09/4000-mortesanosem-torno-de-20000ano.html
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